Pesquisar inteligência artificial diz respeito ao estudo sobre o ato de mapear o pensamento sobre estruturas sistemáticas com as do computador. Além disso, e sobre tudo isso, envolve compreender o que é pensar. Deve-se questionar se as técnicas atuais de pesquisa em IA estão preocupadas em desvendar o ato de pensar, ou se elas estão preocupadas em dar soluções técnicas a problemas mimetizando o pensamento humano.
Evidentemente, não é possível enaltecer exclusivamente a necessidade de estudar o ato de pensar, excluindo as aplicações de técnicas, eventualmente de força bruta, que fazem um jogo de imitação do comportamento humano. As técnicas atuais de aprendizado de máquina, aprendizado profundo e raciocínio baseado em casos parecem estar preocupadas em produzir resultados para produtos de prateleira, deixando para segundo plano o porquê delas funcionarem. Esta abordagem é importante, afinal é preciso gerar receitas para financiar a ciência. O que não está certo é esquecer que mesmo assim, ainda é preciso entender o porquê de algo funcionar.
Recentemente recuperei um artigo de entrevista com um dos pensadores sobre IA, Douglas Hofstadter. Conheci suas ideias pela primeira vez através de uma grande amigo (Roberto Lins de Carvalho), e desde então ele conquistou minha atenção. A matéria é bem sucinta, porém ilustra bem o assunto deste post.